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RITA MAIDANA
(BRASIL – RIO GRANDE DO SUL)
Rita Maidana é gaúcha, artista plástica autodidata e apaixonada por poesia.
Ainda menina, tornou-se Escrevinhadeira por intuição e hoje, incentivada por amigos, aventura-se na arte de escrever sobre a vida, os sentimentos, o otimismo e a fé que sustenta o ser.
Considera-se uma aprendiz das palavras e rimas...
Adepta da leveza e de tudo que encanta, ilumina e nutre a alma com delicadeza.
MAIDANA, Rita. Tempo de Esperança. Arte da capa e ilustrações: Os Semeadores. Prefácio: Alexandra Joffily. Brasília: Os Semeadores, 2017. 78 p. ISBN 978-85-680083-36-9 No. 10 030
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do livreiro Brito, em Brasília, 2024.
*
A simplicidade te uma beleza incrível
e uma força tamanha.
Tem o poder de encantar.
de inspirar, de fazer sorrir,
de trazer paz e acolhimento.
A simplicidade brilha porque,
sem esforço algum, é bela,
sutilmente, quase sem querer ser.
**
A gente ama o que faz.
Luta e corre atrás do que acredita.
Tudo tem seu tempo
e nada é por acaso...
Vem de mansinho
o que é nosso por merecimento.
Mas uma hora vem!
Obrigado a Deus
e aos seres de luz lá de cima!
São eles o farol que nos guia!
***
A gente aprende muito sim...
Com tudo, com a vida, com os outros...
Nem sempre estamos preparados
para a lição, nem sempre é da forma
que gostaríamos de aprender.
Existem aprendizados doídos,
que chegam, machucam o sossego da gente.
Mas sé importante fazermos um esforço
todo dia para estarmos em paz
e não guardarmos mágoas,
com o cuidado que guardaríamos
uma lembrança boa.
Tem dias em que conseguimos,
em outras não.
Mas essa busca
tem de ser um objetivo constante...
É carinho, cuidado
com o que levamos dentro.
Mesmo sendo dolorido, com medo,
ainda assim devemos buscar nossa paz.
As dores são monstros
que costumam querer fazer morada
na gente depois das tempestades.
Eles aproveitam os ventos
e procuram abrigo em cantinhos ocultos
dentro de nós, quando estamos
vulneráveis ou distraídos.
Seja firme, não tema, não os aceite,
expulse-os todos de dentro.
Dentro, só o que é leve,
bonito e do bem.
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Se eu não tivesse esperança,
perderia o sentido de acreditar,
confiar, sonhar.
Se eu não tivesse esperança,
teria me esquecido dos tantos sóis
que vieram depois dos vendavais.
Se eu não tivesse esperança,
seria vazia de tudo o que me move
e ainda faz prosseguir.
Se eu não tivesse esperança,
faria pouco casso das promessas feitas
e que ainda quero cumprir.
Se eu não tivesse esperança,
estaria desmentindo as verdades
que contei.
Se eu não tivesse esperança,
não diria que vale a pena acreditar
que amanhã será um dia melhor
e mais bonito.
Mas eu acredito, confio, sonho...
E amanhece bonito sempre,
aqui dentro e lá fora.
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Página publicada em outubro de 2024
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